muitos acham ser uma vergonha chegarmos ao esquecimento da entrega de palavras e gestos que tanto podem significar a quem tem que os receber. perdidos como quando nos sentamos no banco de um jardim à espera que apareça outro alguém tão sozinho quanto nós e se sente ao nosso lado. é nesse impasse que começamos a lembrar-nos de todos os recados que, por falta de tempo ou por esquecimento, não foram entregues a tempo. um deles, foi um sorriso que me pediste com toda a calma e eu, por estar meio indecisa, disse que to daria quando o sol se pusesse. foste-te embora no entretanto e eu não tive outro remédio senão guardá-lo até à tua chegada.
que tarda.